segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Yes, nós temos um idioma

Brasil com "Z", jamais!

 Conhecer outras línguas e culturas é muito legal e importante. Abre portas, permite aprender muito, conviver com pessoas de origens diferentes, fazer amizades, conseguir trabalho, etc. Mas o excesso de uso dos termos e expressões de outro idioma pode ser prejudicial para a preservação e identidade e  cultura de um país, e até para a comunicação entre as pessoas.
 No caso do Brasil, virou mania o "inglesismo". Ou seja, usar a língua inglesa de forma desnecessária indiscriminada. Isso acontece por causa da grande influência econômica, política e cultural dos Estados Unidos, o paí s mais rico e poderoso do mundo.

Dá um "break"

 Claro que é normal um idioma receber influência dos outros. Em português, por exemplo, "futebol" surgiu da palavra inglesa "football", que quer dizer "bola no pé". Já "garçom" vem do francês "garçon" (jovem, rapaz). Só que virou modismo usar palavras e expressões em inglês pra todo tipo de coisa, inclusive nas situações em que existe tradução para o português.
 Tornou-se comum, por exemplo, usar "coffee break" no lugar de "intervalo pro café" ou "parada pro café", que querem dizer a mesma coisa. O molho "churrasco" virou "barbacue". Até nomes de personagens e franquias famosas dos quadrinhos, cinema e TV, que foram traduzidos durante décadas no Brasil, passaram a adotar o nome em inglês.
 Em alguns ramos, como na informática, muitos termos do inglês que nem se dão do trabalho de traduzir, como "mouse", touch-screen"(tela de toque) ou site (em Portugal, se diz sítio).

Barbaridade!

Existem até iniciativas para conter o "inglesismo". A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, em 2011, uma lei que obriga a traduzir palavras ou expressões estrangeiras para o português. Um cartaz que diga "Pet Shop", por exemplo< tem que incluir a tradução "loja de animais".

Língua solta
 É  importante preservar a língua, mas isso não quer dizer que ela esteja "escrita em pedra", que nunca possa  mudar. Até professores de gramática hoje reconhecem a importância da contribuição popular. O povo está sempre criando novas gírias, expressões, e jeitos de falar que mantêm a língua viva, mudando junto com os tempos. Os sotaques, gírias e expressões regionais mostram nossa grande diversidade cultural. Já inspiram grandes escritores a usá-las em suas obras, como Guimarães Rosa E Oswald de Andrade.


(tirada da revista Sesinho)