quarta-feira, 9 de abril de 2014

Sonhos

 Ao ver a lua, sonho, sonho como criança.
Depois, olho para a rua,
Aquela faixa preta, cheia de confiança, ela dança.

 As estrelas pulam de alegria,
Brilhando no céu, agora negro.
Brincam com os planetas,
Cheios de euforia.

Continuo fitando os olhos para a janela,
Agora com os olhos fechados,
Que será que me aguarda, em minha terra?:

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Avesso

Quem sou eu e meu avesso? Que urdiduras na sombra, que tramas secretas num quarto escuro de mim? Quem sou eu quando durmo ou quando de olhos abertos me arremesso para o futuro saltando sobre ilhas e desertos? Quem sou eu quando me confundo e tropeço, alço voo e mergulho?

Poema Matinal

Entra o sol, gato amarelo, e fica à minha espreita, no tapete claro. Antes de abrir os olhos, sei que o dia Virá olhar-me por detrás das árvores. Ah! sentir-me ainda vivo sobre a face da Terra enquanto a vida me devora... Me espreguiço, entredurmo... O anjo da luz espera-me Como alguém que vigiasse uma crisálida. Pé ante pé, do leito, aproxima-se um verso para a canção de despertar; os ritmos do tráfego vibram como uma cigarra, a tua voz nas minhas veias corre, e alguns pedaços coloridos do meu sonho devem andar por esse ar, perdidos... MARIO QUINTANA